sábado, 2 de julho de 2016

Feira medieval de antiguidades suevas


A páginas tantas lembrei-me da antiga Roma, não da série, mas de uma quantidade de merdas que li e sobrevoei durante estes caninos anos da minha vida, a cena do circo, quer dizer, pão (algum) e circo, Roma percebeu logo a decadência na plenitude dos sentidos, percebeu o logro, o simulacro do entretenimento como forma de empapar os sentidos, percebeu-o em vida, afastando-se já daquele tronco grego de que tanto havia sorvido a seiva. Nem isso é hoje o país da bola cujos bilhetes saem no juá de uma grande superfície. À tona percebe-se uma alegria que apenas bruxuleia perto de uma câmara de televisão, na recepção de um autocarro, numa promoção de leve dois pelo preço de um. Nos estádios, faz pena aquele silêncio de quem mói um pensamento, de quem está  habituado a curvar-se ao destino, de quem não sabe a importância de um símbolo. O rebanho acardita naquilo como acardita no Big Brother para incontinentes. Tanto faz. Faltam apenas dois empates. 

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