Não passa pela cabeça a um cão tourear um touro, quando muito
morder-lhe os calcantes e dar de frosques. Esta seria, aliás, uma questão muito
pertinente para os protectores humanos dos animais, protectores esses que, não
raras vezes, se esquecem da sua própria espécie. Posto isto, tourearei um touro:
o touro do trabalho. Tinha três opções: pegar o touro pelo cornos com a boca;
agarrar-lhe o rabo com a boca, servindo como leme; ser o
terceiro ou o quarto da fila, o tal que fica sempre para os aplausos mas não
fez nada de especial. Optei, à força de muita reflexão, por enfrentar o touro
de frente, agarrando-me como puder. Não queria estar no lugar do touro. Nem no
meu. Mas do meu é impossível fugir. Agora vou ali a ver se nasce uma árvore na sala de jantar…
domingo, 15 de maio de 2016
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