sexta-feira, 27 de novembro de 2015

dia não sei quantos 32 à sexta: achas?

às vezes basta pensar nisto, quer dizer, sem sangria ou os animais no zoo, se calhar sem filme, sem ser divertido, um tipo ainda se lembra de si próprio, mas mesmo assim pensa que é outro [risinhos], nem pior, nem melhor (neste caso), ser outro não, ser outra coisa, sem chá preto, sem torradas de pão duro (quantos dias?), sem cerveja, sem pensamentos a reboque de pensamentos, sempre insatisfeito, sempre em cavalgadas, perdão caminhadas, ora abatido, dormente, ora a sportingar, ser outro, não andar às cavalitas do caralho dos livros, da poesia, enfermo de projectos, talvez amanhã, (que dizes Variações?), talvez apareça aqui um ponto final, talvez não, ser outro, outro filme da morte da bezerra. Agora vou ali apanhar ar.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

terça-feira, 17 de novembro de 2015

dia não sei quantos 24 à terça: aguardo

Enfim, se tivesse aqui uma árvore à disposição, abancava o lombo e esperava a maçã na cabeça. Sabemos desde Pere Calders que o parecimento vertical (para não dizer outra coisa) de uma árvore na sala de jantar (ou mesmo na sala de estar se esta existir - ou até no escritório), se revela um saco cheio de complicações (sem contar com a metafisica), e o recurso às autoridades competentes, ou outras, encontra-se, pelo menos, a milhares de quilómetros da solução mais adequada. Porquê? Ora bem, porque, no entender da autoridade mais avisada, isso alteraria a ordem do mundo, ou mesmo do caralho do universo, esclarecendo a sua visão da situação (isto de cabeça) da seguinte forma: já viu se agora começassem a crescer (ou mesmo a aparecer na vertical) árvores na sala de jantar, ou até na de estar, ou mesmo no escritório? Vá trabalhar e deixe de pensar em coisas que não interessam por aí além, terão algum interesse intrínseco, mesmo filosófico, até literário, mas nada por aí além. Aguardo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

dia não sei quantos 23 à segunda: umbiguismo

O meu problema são os cadernos, os cadernos dentro de cadernos dentro de caderninhos, as referências algures a referências alhures, a nota que desagua numa outra nota filha de uma nota do caralho de outra nota. Isto para começar. 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

dia não sei quantos 20 à sexta: tantos?

que nem os conto na sua imensidão gloriosa, ainda agora o sol no seu contínuo endrominar do sentido biológico das coisas, Novembro?, eu sei lá, o almoço até nem foi mau, restos da massada de atum de ontem à noite, aquela salsa dava um tratado em que o cheiro se assume como ponta de lança do prazer, ou isso, não estava nada mau aquele chouriço das beiras enfiado nas bicas, vamos lá ver se melhoramos lá mais para a noite, as probabilidades de isso acontecer são as mesmas de aqui aparecer um ponto final que remate que norteie que silencie este parágrafo... debalde, não me apetece voltar lá para dentro (deixem passar) daqueles papéis, sonhos dentro de sonhos encavalitados em muros cada vez mais altos e longos, visões sonhadas maltratadas, merdas fedidas de tanto adiadas, consolidadas nas sua nuvem, um pedaço de algodão doce nas mãos de um miserável puto, pensar nisso e dá-me cá um regabofe de estaladas ao espelho, ali mesmo, aquele espelho. O melhor será investir num frango do descolhoado para o jantar. Amanhã logo se vê...

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

dia não sei quantos [14+] 15 à segunda: apresentação quinquenal

não fui correr nem sequer andei por aí além; não me saiu o euromilhões; não pensei assim tanto quanto isso na vida; não desmascarei o sol antes que fosse tarde de mais; (ainda) não comi castanhas; não ouvi música (a não ser ontem a rádio aurora); não posso dizer que não tenho lido umas merdas daquelas mesmo fodidas, mas mesmo fodidas; ainda não pensei em pensar numa quantidade de coisas que pareciam mesmo importantes...ou isso. Agora acho que vou lerpar uma bacalhoada e jogar na raspadinha.

sábado, 7 de novembro de 2015

dia não sei quantos [11 a 13] ao sábado: será...

válida a teoria da justiça de Rawls?,  o libertarismo de Nozick não estará eivado (no bom sentido - deixem passar) do pensamento de Stirner?, nem um pouco?, qual o sentido histórico do utilitarismo?, estará o Sporting gangrenado por uma irresponsabilidade competente ou gangrenado por uma competente irresponsabilidade?, estará gangrenado, apesar de?... Será a recente aptidão noveleira da série Vikings tão recente (deixem passar) quanto isso?, ah? Estas e outras questões resolveram assaltar-nos a paciência enquanto um dia lindíssimo se metamorfoseava aos soluços num dia de outono, ainda assim quente, ainda assim quentinho, como um chá verde matinal em que a água não aqueceu o suficiente na merda da feiticeira (deixem passar) eléctrica. Será?