domingo, 29 de junho de 2014
dia não sei quantos por acaso até sei que é domingo: considerações sobre a equipa das esquinas
"Onde os outros avançam, fico eu parado", afirmou em entrevista paranormal Ludwig Wittegenstein, quando questionado sobre as esquinas da equipa, perdão, a equipa das esquinas. Teríamos mais considerações a dar com o plural do título, mas não tarda sobrevoaremos o nosso olhar sobra a equipa das laranjas contra o cartel de Juaréz. Temos dados concretos e mesmo imagens subliminares que nos almejam algo de bom. Todo o resto é inquestionável.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
dia não sei quantos sinaliza a quarta: Wittgenstein vai à bola
Fazendo parte do registo (indisponível) de caçadores de simulacros e do
grupo de associados ao anacronismo à paisana, venho por este meio dar início a
um comentário post-mortem relativo à equipa conhecida (porquê?) como das quinas, e não (vá-se lá saber porquê)
dos castelos, como consta em vários
símbolos ostentados nas bandeiras desfraldadas nas marquises, desde dois mil e
quatro, pelo menos. Onde é que eu ia? Bom, das quinas e não das esquinas,
porquê?, pergunto-me. Antes de tudo, por imperativos do próprio artista. Depois
porque ficamos a ganhar com um comentário à posteriori, principalmente quando
não vemos o jogo em questão, muito mais que se fizéssemos comentários à
posteriori tendo visto o jogo em questão. No caso concreto, defendem alguns,
estaremos perante o falecimento de uma ideia de jogo, como prometido a um
conjunto de acasos que nos ajudaram a chegar ali, promessa essa (não julguem que fiz confusão com
comprometido, por favor), digna de uma metáfora de um qualquer autor conhecido
do César Peixoto, e que terá desaguado naquilo que designaremos de (recorrendo
ao pensamento cinéfilo): grande ilusão. Renoir perdoar-nos-á a impertinência,
se quiser. A césar o que é de César, nunca existiu ideia nenhuma, nem sequer a
ideia de que se calhar seria boa ideia existir uma ideia, não podendo
verificar-se a subsequente venda de banha da cobra baseada numa fonte de
inspiração que se reclama (apenas e só) filha e neta do filha da puta do acaso,
não o acaso lavrado nos anais literários mas o acaso cuja simplicidade nos
remete para a mais pura gíria popular: o piroco, o paio do lombo, a sorte
grande a que aludia Eça, juntando-lhe nossa senhora, verdadeiro ADN compósito
do nosso querido e adorado povo. Se a tudo isto acresce a existência comprovada
(ou não) de um Cristiano Ronaldo, queremos uma acareação, ou mesmo uma
clarificação, desde que pelos canais competentes existentes para o efeito.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
dia não sei quantos quarta: ventilação inadequada
O sentido de pertença ao mercado é
algo que culmina muitas vezes no cimo (deixem passar) das escadas de umas
catacumbas (as de Paris servem perfeitamente para o caso). Para não ir assim
muito longe, recordo que na minha zona cognitiva ó geográfica o mercado era
denominado de Praça, ruminando coisas do
bandulho romano e grego, mas ainda por cima existia uma cena que se chama(va)
carro de praça, ou isso, pressupondo a existência de uma ...praça, mas já volto
com o Nuno Portas, Álvaro Domingues e provavelmente o Inútil, para vos
esmorecerem o cérebro com a história da estratificação da nossa civilização
assente no nascimento e morte das praças. Nesse sentido, como a cultura nos
impõe uma determinada dieta diária de elementos que nos ajudem a suportar o desaparecimento
e morte das Praças, leio algures que no Rio de Janeiro os portugueses se juntam
ao fim-de-semana à volta de umas chama-lhe
isso concertinas, sendo consumidos (números
oficiosos) cerca de 4000 bolinhos de bacalhau, 150Kg de bacalhau assado, 100
garrafas de vinho, 360 garrafas de super bock (médias ou de litro?), informação
complementada pelos 200kg de bacalhau que a selecção leva no avião dos E.U.A para
o Brasil, reafirmando-se assim que o sentido de presença ao mercado é onde um tipo
ou tipa quiser sentar o estômago e assentar praça.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
dia não sei quantos segunda em todos os ecrãs: menos no meu
É preciso viver a incansável (deixem passar) derrota de
forma frívola para não dizer coerente com o estado das coisas. Sem vírgulas.
Presumo e atesto que a proximidade de um campeonato do mundo de futebol de onze
seja capaz de com o determinismo sociológico necessário esconder uma quantidade
enorme de pó debaixo da carpete que fica por debaixo (deixem passar) do sofá na
casa de praia do Luís Canzana (isto anos atrás) ainda assim insuficiente para
colmatar qualquer ausência de sentido nas nossas vidas (deixem passar). Resumindo
(uf), se porventura todo o poder da informação residia na suspeita de que esta
dava poder, a partir do momento em que, assim o cremos, se substituiu à má
fila, o dito vocábulo por conhecimento, a muda de roupa das coisas foi do
caralho. Sinistra mesmo.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
dia não sei quantos sexta: whisky a go go
Agora que penso nisso parece-me
outra coisa, com outros matizes, um bege estranho, um amarelo torquesa desmaiado,
assustadoramente diferentes do plano quinquenal elaborado e encomendado, não necessariamente
por esta ordem, por telefone, acho. Assusta-me igualmente não ter conseguido
ainda congeminar um plano de fuga daqui
em autocarro, ou mesmo num distante comboio, uma cena que me permita ler umas
merdas e fingir que olho a puta da paisagem enquanto magico nas tácticas
futuras do Sporting da Silva, isto sabendo de antemão que os possíveis e
hipotéticos (deixem passar) parceiros e parceiras da camioneta expresso ou do
comboio entre cidades não me vão perdoar a ligeireza com que afasto as
conversas e até mesmo os pensamentos sobre o caralho do joelho do Cristiano. Já
temos um presidente da república para pensar e até para falar sobre isso no
faice.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
dia não sei quantos quiiiinta: os meios habituais
Com
efeito, terá ido parar à comercial [resposta ao anterior – façam atenção
pf.]. Avizinha-se um conflito jurídico cujo desenlace imprevisível nos
remete para uma metáfora de cariz absolutamente borgiano, isto enquanto não nos
lembramos de mais nada para acondicionar o estômago com os pensamentos. Neste ponto exacto podemos acabar com o itálico, manifestando, desta forma, toda
a liberdade que nos assiste para continuarmos as notícias na hora errada, sendo
certo que. Ora, entretanto, como nunca ninguém se perdeu e tudo é verdade e
caminho, resta-nos acrescentar que trabalhar assim é só não ser visto.
[isto ao longe:
-que dia é hoje?
-quinta
-parece quarta
-antes fosse sexta
-é amanhã então, não?
-diz que sim
-ah bom a...]
quarta-feira, 4 de junho de 2014
dia não sei quantos quarta por (a)caso: notícias na hora errada
[Após cerca (deixem
passar, pf.) de vinte anos e picos a descontarem e mesmo a contribuírem (deixem
passar) para a Reforma Fisiológica Mental (RFM), muitas unidades anatómicas
temem agora não ser possível lograrem atingir a plenitude da sua senilidade de
forma absolutamente proporcional à sua carreira produtiva auditiva, o que as
leva a tomar atitudes radicais e desconexas (à luz de qualquer ciência),
chegando mesmo ao cúmulo de mudarem repentinamente para a Antena 3 e mesmo para
a Antena 2 (o que já terá causado dois suicídios), sendo que algumas unidades
anatómicas desvairadas na área de Lisboa chegaram mesmo a direccionar a sua
atenção para a Radar, peça-chave nas buscas por Maddie, ou mesmo para a RUM (na
zona de Braga), neste caso exigindo-a com cola e muito gelo. Em resumo, esta situação transforma as nossas
ruas em pequenos campos de batalha, assistindo-se amiúde (uma palavra que a
generalidade dos jornalistas desconhece) a
protestos, motins, sabotagens à fight club, contribuindo dessa forma
para uma mudança generalizada na
paisagem nacional, passando-se do habitual modo recatado zombie para um caótico
estado mais ou menos barcelonês ou mesmo aturcado. A ver vamos onde isto irá
parar. Será à Comercial?]
segunda-feira, 2 de junho de 2014
dia não sei quantos mesmo...segunda: meter a segunda
À segunda de tarde... melhor, as
segundas da parte da tarde são segundas de manhã mais acolchoadas de dores,
daquelas dores boas, quer dizer, vem à tona aquela moinha (hoje, por exemplo)
que produz uma sensação de pressão na cabeça, primeiro na zona da testa e
frontes, depois na nuca, e vai-se mantendo estóica como tudo. Às dezasseis
horas e picos, por aí, um tipo é mais tipo que cão, o que não produz nenhum
efeito positivo no relacionamento recíproco (deixem passar), ainda por cima
quando do outro lado da barricada unidades anatómicas dotadas de inteligência
amibal escutam o som que sai de umas colunas, cuja origem, dizem, é a RFM:
reforma fisiológica mental.
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