terça-feira, 31 de julho de 2012

dia não sei quantos 31 e tal: há dias assim


E escreve assim o Cavafi (um tipo mais ou menos Grego): “Foi esse o ano em que ficou desempregado;/vivia de jogar às cartas e ao gamão,/ou de pedir empréstimo o que não pagava./”, isto nos dias de 1908…

dia não sei quantos 31: até ver

Nunca pior.

domingo, 29 de julho de 2012

dia não sei quantos 30: há uma voz de sempre


Não sei bem porquê, mas a coisa começou por correr de forma razoável, para matinal, quer dizer, para matinal de domingo, ali ao lado dia santo, um tipo sabe dessas coisas, está enquadrado numa cena base judaico-cristã, mas com o lastro anterior greco-romano, o que nos permite outras veleidades, para usar uma linguagem futeboleira, ou isso. Depois de encher o canastro de filmes, consegui a proeza momentânea de deixar de pensar, quero dizer, pensar muito, pensar muito em coisas, cheguei-me lá mais para os subúrbios do pensamento, esses bairros sensíveis, mas que ninguém quer saber e, digo-o com pasmo, adormeci caritativamente de forma a acamar os sonhos todos num recipiente longínquo. Não sei se resultou, mas não me recordo de um único sonho, para além de ter todos os do mundo. É o lastro greco-romano, só pode…

sábado, 28 de julho de 2012

dia não sei quantos 29: assim

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sexta-feira, 27 de julho de 2012

dia não sei quantos 27, não 28: a propósito


Olha, parece que tenho um propósito. Hoje é sexta, e às sextas bem se sabe, começa a adiar-se um projecto que, bem se sabe, madurará no fim-de semana, e que lá para a longínqua segunda-feira será absorvido pela dinâmica insólita de mais um começo de semana, pós fim-de-semana, assim denominado para nos sentirmos mais próximos da humanidade ocidental. Aqui chegado, apetece-me um ponto final. Mas insisto, faço contas, leio o jornal, vou ali e já venho, sento-me na net, pego no telemóvel, fico imóvel. Parece que tenho um propósito. Tenho que pensar no jantar e no evento, acho que há para aí um evento, vou ter certamente pessoas à volta, algumas perguntas, uns copos, talvez se converse, mas não é certo, bem se sabe.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

dia não sei quantos 27: já se sabe

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quarta-feira, 25 de julho de 2012

dia não sei quantos 26: composição de lugar


Dou por mim entretanto a pensar, pouco original, que sou muitos, os suficientes pelo menos para uma equipa de futebol com guarda-redes e tudo. Começou assim a tarde a morrer, sentado na sanita com um jornal velho nas mãos, reflectindo ainda que também me estão em falta alguns livros do Ruy Belo, perdoa-me Ruy por tão criminosa associação, mas estou assim, sabes, meio perdido, enlatado, até já pensei em recomeçar as listas, e é nisso que entras, logo no topo pode-se ler: obras do Ruy Belo. Depois vou atrás das outras entradas na lista, não deve ser difícil, talvez arrume uns carros para comprar livros antes isso que o resto, não? Mas tu entras, até podes fazer parte da equipa, vá lá, eu já sou tantos, preciso de ajuda, ficas tu e o Sebald no banco, não o Sebald parece que tem que jogar, algures na lista já lá está, bem o sei, também é poesia, ou lá como foi, ah já sei, narrativa poética, chamada “do natural”. E é  com naturalidade que te leio assim Ruy Belo: “ Não caibo nesta tarde que me desfolhas/sobre o coração. Renovam-se-me sob os passos/todos os caminhos e o dia é uma página que lida/ e soletrada descubro inatingível como o vento a rua e a vida”/. 

terça-feira, 24 de julho de 2012

dia não sei quantos 25: ter tempo


Um tipo torna-se um coleccionador mesmo se não o deseja. Colecciona minutos a às vezes segundos. 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Dia não sei quantos 24: imaginai


Imaginai que é segunda-feira. Um tipo acorda sem despertador. Logo a seguir dá por si a manobrar os pensamentos, levanta-se, lava a cara e injecta um pequeno-almoço rápido, seguindo-se-lhe um ligeiro devaneio, e já está sentado ao computador. Parece que tem coisas que fazer, coisas que foi adiando para encher os dias, e agora parece que tem um plano e um projecto, plano e projecto misturam-se nesse momento, academia e trabalho misturam-se. Dali a pouco até sai da casa, vai direito ao projecto (ou será ao plano?), com a mona quase vergada ao sol, pensando no correio electrónico que enviou, pensando num tal jantar que, em princípio, esta semana não poderá escapar, pensando no que eventualmente dirá nesse jantar. Pensará no plano, ou melhor falará do plano, ou do caralho do projecto? É que não quer pôr o carro à frente dos bois. Vai pensando no plano ou no que dirá, e chega ao destino, dizem-lhe para não ter pressa, que é preciso isto e aquilo, mas que reunião agora só lá para Setembro. Ele sorri, folheia o Público e depois descobre encantado “as ilhas encantadas” de Herman Melville, cujo início é um estrato de um épico de Spencer chamado the faerie queene que começa assim: “ – isso não pode ser, – disse então o barqueiro – / A menos que insanamente nos queiramos perder; / Pois aquelas mesmas ilhas, que soem por vezes parecer,/ Não são terra firme, nem nenhum lugar verdadeiro, (…)”. E depois o Melville: “Imaginai vinte e cinco montes de cinza”…


domingo, 22 de julho de 2012

dia não sei quantos 23 e tal: final da tarde

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dia não sei quantos 23: a casa

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sábado, 21 de julho de 2012

dia não sei quantos 22: temos que ver isso


Jornal, café e pão. Internet. Comer, beber, passear, café, comprar mercearia, suar, água, banho, livro. Não necessariamente por esta ordem. Ainda o dia vai no adro...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

dia não sei quantos 21: irmãos em universo



Não estava sereno e, talvez por isso, enervava-me algum do convívio mundano. Comecei assim a pensar em nunca, mas nunca, escrever poesia. Poemas ainda vá, mas agora poesia não, a poesia é todo um cercado de circunstâncias, mundos, vivências, e algum génio que raramente assumem proporções veiculadas num ser humano. Pelo contrário, não faltam para aí tipos e tipas a escrever poemas dizendo que escrevem poesia, confundindo o inconfundível, ou melhor, enganando-se e enganando-nos com vacuidades, pensamentos e estilos exacerbados que normalmente circunscritos a algumas pancadinhas nas costas e um ou outro “escreves tão bem, passa-me a salada”, não raro derivam em livros.  Não é o caso de Walt, nem o caso do Fernando, que aliás chamava ao Walt irmão em universo. Gosto de pensar que, de alguma forma, somos irmãos em universo, não vem mal ao mundo, e não me dá para escrever poesia. Poesia é mais ou menos isto: “Das trevas avançam os opostos iguais, sempre a matéria e o incremento, o sexo sempre, / Sempre a malha da identidade, sempre a diferença, sempre a progenitura da vida/, escreveu Walt. Poesia não. Quanto a poemas, vou já mandar um curriculum… 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

dia não sei quantos 20: talvez

Simulação de férias...zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzsimulaçãozzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzsimulçãozzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzsimulaçãozzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

terça-feira, 17 de julho de 2012

dia não sei quantos 19: poesia


Zumbem as moscas. Leio Al Berto assim: ouve-me/que o dia te seja limpo e / a cada esquina de luz possas recolher/ alimento suficiente para a tua morte/. É um “recado”, horto de incêndio. Na capa do livro Al Berto cobre o rosto com as mãos. Penso que talvez, talvez, apenas uma espécie de poesia nos possa salvar. Salvar da estupidez e da imbecilidade. Lá fora aquece, aquece muito. Zumbem as moscas no horto de incêndio. 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

dia não sei quantos 18: nomeadamente

Três a zero para o calor. Respondi a uma oferta de emprego, quase de forma criativa, porque parece que hoje por ontem, num país saqueado como este, a criatividade das respostas afigura-se eventualmente importante. Se alguém conhece os patrões do país (não temos outro) sabe bem que a fatiota de empresário ou de empreendedor é deixada à porta, juntamente com o cérebro. O cérebro do candidato deverá ter igualmente a capacidade de adaptação ao bengaleiro, ou ao capacho. Nem sempre, mas nomeadamente…

domingo, 15 de julho de 2012

dia não sei quantos 17, acho: o estigma e a esfinge gorda


Acordar é sempre bom sinal. Não que carecesse de uma forcinha para vomitar, mas ajuda sempre ler o Rui Ramos no Expresso [entre outros]. Nem sempre estou de acordo com o Mário de Sá Carneiro quando este nos recorda que “a própria maravilha tinha cor!”, e além-tédio, lá está, não se pode ter tudo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

dia não sei quantos 16: habilitações


Outra vez sexta-feira. Projectos novos/velhos se avizinham…para a semana. As “tentativas” de emprego são isso mesmo, “tentativas”, somas de serviços mínimos, formas de aplacar uma pretensa ira dos deuses da burocracia. E assim são vistos por todos, sem excepção, um protocolo pouco versátil, a juntar à fiscalização quinzenal. Na televisão, uma geógrafa afirma que apenas foi chamada, no decurso de um ano, uma vez pelo centro de desemprego. Quando se apresentou no putativo cenário de trabalho, o lugar já estava preenchido e era para uma cena qualquer de aulas de espanhol, pormenor para o qual a dita nem tinha habilitações. Como escreveu o Bataille: “A partir dessa época. Simone contraiu a mania de partir ovos com o cu”. É na “história do olho”...para as habilitações. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

dia não sei quantos 15: a conspiração


Não sei se vi na TV, mas acho que foi na TV, quando não é na TV é na internete, e como diziam os Taxi, quem vê TV sofre mais que no WC, isto para ser erudito. Mas soube pela TV, numa das 1326 reportagens pseudo sobre os desempregados, ou documentários televisivos como agora lhes chamam, que os ditos e ditas sem emprego, para além de tristíssimos, têm uma rotina, ou duas, sabe-se lá, e que isso os aproxima da tal humanidade ocidental. Quantos às rotinas para TV ver, estamos mais que conversados, um gajo ou gaja levanta-se e vai à casa de banho, não se veste direitinho, toma o pequeno-almoço sentado como nas novelas, e depois vai ler o jornal e o caralho dos classificados ao café, deitando a cabeça no ombro do tascas. Não, um gajo ou gaja depois de mijar, coça em algum lado e pensa em voltar para a cama. Um gajo ou gaja, depois do 1º ou 2º mês onde aproveita para ler, ler, jogar jogos e ouvir música e passear acoplado a sonhos e certezas que nunca se concretizam, após esse intro, digamos assim, tem que ter mas é cuidado para não começar a beber como um batalhão de cossacos, e mesmo que não seja dado a melancolias e faça uns biscates técnicos, começa a ver as coisas através de uma membrana fodida, opaca e completamente dissuasora de esperanças, e onde os outros gajos e gajas aparecem, por assim dizer, muitas vezes, como monstros daqueles dos jogos interactivos, e a paciência começa a cronometrar-se em micro segundos e nunca se sabe para onde dá o vento. O gajo ou gaja começa mas é a odiar rotinas e a tentar preencher o tempo numa espécie de desmama da tal humanidade ocidental. E um gajo ou gaja continua a acreditar em si para aí umas boas duas horas, máximo, por dia, e depois é sempre a descer. É de crer que dê uma saltada ao café para fazer que lê os classificados e o Record, mas em casa já se inscreveu em 400 sites de desemprego, isto enquanto tem dinheiro para pagar a merda da internete (com E no fim porque me apetece!). É de crer…

quarta-feira, 11 de julho de 2012

dia não sei quantos 14 e tal: puta que os pariu


Interessante este dia. As pessoas compreendem bem a greve dos médicos, mas compreendem, quer dizer, entendem menos, a greve dos maquinistas da CP e da Carris e do Metro do porto (mas estes fazem menos), e já agora dos transportes públicos de Guimarães, e por aí fora. E ainda compreendem menos as greves de operários fabris, esses privilegiados. Incompreensível seria a greve dos nenúfares no riacho ali perto da pontinha. Os elefantes não perdoariam…pois não?

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dia não sei quantos 13: o Púchkin


Não sei mesmo com estava o sol, abri a janela e fui por ai fora, por entre o casario e um monte imaginado. Não sei mesmo como acabou a noite, sem instigação alcoólica, tu queres ver que não desvario. Depois a programação do dia. Listagem: poesia. Escrever uma carta de apresentação [copiar a anterior].  Enviar curriculum vitae para a Lusófona. Olhar o céu.  Ginástica. Passear. Diz o Púchkin: Voa a juventude gulosa/ a engolir conchas marinhas,/Gordas prisioneiras e vivas/. Eu cá ontem comi peixe. Não sei se vale.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

dia não sei quantos 12: planeamento


Projectados dois concursos e um registo. A semana começa bem. Não esquecer de ver classificados. Ler. Tentar ler…

domingo, 8 de julho de 2012

dia não sei quantos 11: santo dia

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sábado, 7 de julho de 2012

dia não sei quantos 10: nota


Hoje é Sábado, mas poderia ser quinta ou terça, para moi é a mesma merda. Mas, lá está, aquela seiva de fim-de-semana medra qualquer corpo no lugar mais inóspito e remoto. Por isso, tanto o governo como as empresas decidiram ajudar e mandar toda a gente para casa, tesos como birotes, ou para o empreendedorismo ou o caralho, tesos como birotes. E assim um dia destes ou daqueles, ninguém vai notar qualquer diferença entre um sábado ou uma quinta ou terça, a não ser para se armar ao pingarelho e sentir-se parte da humanidade ocidental. Mas que humanidade?

sexta-feira, 6 de julho de 2012

dia não sei quantos 9: sexta


O historial das sextas remata ao poste da consciência: não me perguntes o que posso fazer por ti, mas o que tu podes fazer por ti. Espera aí, digo eu, estou confuso, e não pode ser aquilo que eu posso fazer por ti? É neste estado puramente sólido, concrecionado em camadas diárias de betume emocional, que chegamos a cada sexta. Nem uma ideia empreendedora, quer dizer, nem uma ideia empreendedora à luz desse fogo-fátuo propagandista que nos impingem diariamente. De resto, encostadinhos à parede, que esta governação é menina para querer fazer meninos à má fila. Na segunda-feira vocês vão ver!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Dia não sei quantos 8: o frio


Julho para estúpidos é o que é. Eu cá não faço por menos. Levanto-me e já estou a pensar em deitar-me, de uma forma ou de outra. Amanhã é o tal dia de projectos. Sexta-feira é sempre dia de projectos, a adiar no fim-de-semana, e a começar na longínqua segunda-feira seguinte. Não sei porquê, mas até sei porquê, um gajo ou gaja que esteja desempregado, ou simplesmente não faça nada por aí além - conheço muitos – ou seja, sei lá, um aristocrata do caralho, tem a mania que há fins-de-semana ou feriados, quando é tudo a mesma merda, os dias até podiam nem ter nomes, ou sei lá, podiam ter aqueles nomes estranhos dos meses do calendário da revolução francesa, tipo “Nivoso” já que parece que estamos no Inverno. Um gajo ou gaja faz isso para parecer que continua a fazer parte da humanidade. Mas da humanidade ocidental ou isso. Está frio: vou mas é para ali escrever um livro. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

dia não sei quantos 7 e tal: noite


A noite parece, mas não é fácil. À noite parece, mas não é fácil…e no sul isso tem que ver com a poesia ou o caralho…

dia não sei quantos 7: e mesmo assim


E mesmo assim os medianeiros políticos lá se vão dissolvendo em pequeníssimas contendas de merda. Mas não me levantei a pensar nisso: já o sabia. Sucede que me encontro a metalizar numa planície burocrática, faço listas irrealizáveis, repito-as mentalmente, enquanto recordo que não cheguei a comprar aquele livro do Umberto Eco sobre as ditas listas, embora já se saiba que o próprio Eco tem um exército de tipos a trabalhar para ele. Deve ter uma listagem. Posto isto, não me adianta nada fazer que vou ali e já venho. E mesmo assim…

terça-feira, 3 de julho de 2012

dia não sei quantos 6 e tal: actuais preços do ouro


Seja empreendedor. E se possível arranje um alto cargo no estado para lhe ser possível dizer: olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço. Depois continue a empreender numa empresa perto de si… 

dia não sei quantos 6: a cultura


Não é irrelevante. Cada manhã a seu tempo. Ler os jornais. Internet. Ler um livro. Ler outro livro. Comer. Olhar lá para fora. Mobilizar. Pensar o quão ridículo é, o Relvas sacar uma licenciatura em três horas na Lusófona, apenas para se legitimar. E trágico. Trágico um gajo saber-se governado ou pastoreado por estes e outros tipos a crédito, sem crédito algum. Fico fodido. Vendam tudo. Mas não contem comigo. Abram mais um inquérito…

segunda-feira, 2 de julho de 2012

dia não sei quantos 5: tu és um cavalo de corrida…


Foi logo a correr. Os classificados estão tão merdosos que metem dó. Os do correio da Manhã são indicados para semear a discórdia entre as famílias (já para não falar do putedo) e os do Expresso são um panfleto sórdido para gurus de não sei o quê…gosto dos do Record e o JN lá do Norte traz tantos empregos como o velho Calinas. Carrego um formulário às costas, enquanto penso naquela cena que deu na SIC, uma merda qualquer sobre a imagem, e o aluguer de roupas para entrevistas de emprego. Só visto. Tirei logo o boné e fui bater num puto que estava por perto, bem mais pequeno do que eu. Às vezes temos que bater em alguém. É sempre a correr…

domingo, 1 de julho de 2012

dia não sei quanto 4 e tal: o gajo


Não esquecer: ler o Eric Frattini e tal. Por causa daquilo.
Não esquecer o audaces fortuna juvat, por causa de uma cena de ontem…isto não é fácil…tantas coisas.

dia não sei quantos 4: vai buscar


Ao domingo é mais fácil. Não acordar cedo e cedo não erguer, preocupações a espaços siderais. Mas não é bem assim, coisas que germinam vá-se lá saber porquê, e baseadas em quê acabam por contaminar cada um destes momentos de infortúnio e alguma tristeza. Depois a indisposição matinal faz o resto. Vai buscar cão...